quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Voto: Exercício necessário

Na busca incessante por seu espaço na sociedade, o jovem adere aos mais variados tipos de comportamentos de acordo com o referencial que tem do certo ou errado. Esse vaivém frenético de mudanças de atitude passa pela troca da cor do cabelo, dos olhos, da pele, do modo de se vestir, se comunicar e assim tem sido também no abster-se de votar aos dezesseis anos de idade. Estão renunciando a uma conquista estudantil que foi consagrada na Carta Magna do país, desde 1988.

Parece senso comum que, para os jovens, o "estar na moda" é fazer parte de uma tendência, aderir a estilo de vida diferente. Alguns radicalizam, outros não aderem e há aqueles que simplesmente não se definem, tudo é válido e como a sociedade é dinâmica, a informação chega e vai-se rapidamente, logo os jovens estão diante de novos referenciais, se adaptando ao novo, ao recém-chegado , ao moderno.

A mídia nos últimos anos bombardeou-nos com notícias dando conta de inúmeros atos de corrupção praticados nos mais diversos escalões dos governos, cenas desalentadoras de governadores, prefeitos, deputados, vereadores e outros assessores recebendo propina para beneficiar empresas, pessoas, alimentando um negócio sujo que movimenta milhares de reais, inclusive dos cofres públicos. Este tsunami de maus exemplos tem contribuído de maneira decisiva para o desencanto e frustração não só dos jovens pela política, mas é notório que à medida que os escândalos vêm à tona, a insatisfação e desconfiança aumentam em progressão geométrica também entre os maiores de dezoito anos.

Apesar dos maus exemplos observados no atual cenário político é até compreensível que as pessoas de modo geral não encontrem o referencial de honestidade e firmeza de caráter que almejam para representá-los, porém não faz sentido também abster-se da única ferramenta que têm em mãos para mudar o caos que ora se apresenta, afinal em um país democrático, o poder é exercido pelo povo e para o povo , e quanto mais cedo possível, melhor.

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