segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Proibir não é a solução

Defender nossa língua é essencial , já que ela e a cultura brasileira estão intimamente ligadas , sendo interdependentes. Mas fazer essa defesa através de um decreto é inaceitável.

O “problema” da utilização de estrangeirismos não será resolvido através de uma imposição , a qual pode levar a um nacionalismo exacerbado. A utilização de palavras não pertencentes à Língua Portuguesa pode ser benéfica , pois contribui para o nosso enriquecimento cultural , como ocorreu , por exemplo , no Modernismo.

Por outro lado , utilizar palavras estrangeiras que possuem similares em nosso idioma , como “delivery”, equivalente à “entrega” , implica em aceitar a falta de conhecimento sobra a própria língua pátria.

Decretar a proibição ao uso de estrangeirismos alegando – ser contrario à dominação norte – americana , principalmente , não é a solução. A dominação ocorreu primeiro economicamente, para depois incorporar os estrangeirismos. Logo , o projeto de lei não é realmente contra a dominação e sim a uma de suas ramificações.

Uma possível solução eficaz para esse problema seria a melhoria do sistema educacional do país, que implicaria no desenvolvimento intelectual da população e da sua capacidade inventiva , fazendo com que absorvêssemos apenas os estrangeirismos essenciais e interessantes , enriquecendo , assim , nossa cultura e conhecimento.

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