terça-feira, 21 de setembro de 2010

Bullying , Mobbing: Esparta Contemporânea


Já se via na Grécia Antiga a presença da não aceitação de indivíduos por não possuírem certos requisitos. Este é o clássico modelo espartano, baseado na formação militar, que chegava a matar uma criança que nascesse fora dos padrões de um guerrilheiro.


Mas essas expressivas diferenciações sociais, embora com a evolução humana, não se extinguiram. Desde sempre os homens se mostraram diferentes uns dos outros, e devido à isto, tiveram inúmeros conflitos. A Guerra Fria, por exemplo, é um grande reflexo disto. Diferenças ideológicas que levaram duas potências a se enfrentarem, indiretamente, o que gerou inúmeras batalhas isoladas, como a Guerra do Vietnã.


Essas “guerras”, entretanto, chegaram ao domínio escolar, criando então o chamado bullying, designando a humilhação diária sofrida por jovens, que muitas vezes, para evitar constrangimentos, não pedem por ajuda.


Como os jovens, autores e vítimas do bullying, não ficam na escola por toda a vida, não é surpresa o surgimento do mobbing, que designa, segundo José Carlos Ferreira, assédio coletivo contra uma pessoa. Esta prática, agora em domínio profissional, faz com que a competitividade econômica deixe de ser saudável e passe a ser uma guerra diária. Cada um quer se destacar mais e impedir que o outro progrida e tome o seu lugar. É uma questão de “lei da selva”.


No caso do bullying, seria muito fácil aconselhar os pais das vítimas a conversarem com a diretora da escola, e até mesmo com os pais do autor das humilhações, mas como se sabe, muitos nem tem conhecimento sobre o que se passa com seu filho em domínio escolar.


Neste caso, a solução é mudar a mentalidade do jovem, para que perceba que não está fazendo algo correto. Ou seja, não há solução realmente eficaz. Seria muito milagroso se basear em hipóteses como esta, pois um jovem que há tempos vem humilhando colegas para ter destaque em seu grupo, não mudará seu estilo de vida.


Logo, o melhor a ser feito, para que ao menos se amenize a situação, seria trocar a escola frequentada pela vítima e ceder-lhe tratamento psicológico.


Para o mobbing, por se tratar de pessoas adultas, nada mais conveniente do que deixá-los se enfrentar sozinhos. Se para o bullying há poucas medidas a serem tomadas, no mobbing há menos ainda. Agora não se tem mais a diretora a recorrer ou a escola a ser transferido.


Para ambos os casos, é visível o grau de dificuldade de se obter uma solução eficaz, mas, como sempre existem pessoas dispostas a ajudar, seja com o bullying ou com o mobbing, a vítima não deve desistir de si, de ter uma rotina sem que alguém a perturbe, nestes graus de ridicularização.

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