terça-feira, 23 de novembro de 2010

A problemática Gravidez Precoce

De acordo com dados fornecidos pelo IBGE, desde 1980 o número de adolescentes entre 15 e 19 anos grávidas aumentou 15%. Significa que cerca de 700 mil meninas se tornam mãe a cada ano no Brasil.

Acredita-se que este problema sócio-econômico esteja vinculado à falta de informação, principalmente nas camadas mais desfavorecidas da sociedade, que são as que apresentam maior índice de gravidez precoce. Porém, o governo promove campanhas preventivas anualmente, comprovando que o problema não é a falta, mas sim o não uso da informação. Os jovens atuais não têm perspectivas de um futuro melhor, pois suas vidas são miseráveis. As pílulas anticoncepcionais e os demais métodos não são acessíveis a toda população, já que são caros. Teoricamente, deveriam ser distribuídos nos postos de saúde, porém a distribuição não é eficaz e homogênea.

A gravidez precoce gera efeitos negativos no país, devido a diversos fatores. Por causa da gestação, jovens são obrigadas a deixar a escola para se dedicar ao mais novo filho. No período que deveriam estar se qualificando para ingressar no mercado de trabalho, trocam os livros pelas fraldas. Também é comum que haja a expulsão da menina de sua casa, por falta de aceitação da família. Desta maneira, o problema passa para o governo, que de certa forma irá sustentar a adolescente.

Na contramão do aumento do número de jovens grávidas está a tendência a adiar a gravidez. O principal motivo é a priorização da carreira profissional e a conscientização de que filhos requerem recursos financeiros. Por isso, é preferível estabelecer-se economicamente e depois planejar a gravidez.

Portanto, o principal motivo da gravidez na adolescência é o não uso das informações, devido a motivos econômicos e sociais. È importante destacar que os jovens estão em processo de formação, e por isso uma solução viável seria a partir da educação. Devolver aos jovens as perspectivas de uma vida mais justa é fundamental, podendo ser através de projetos sociais que estimulem os esportes e a música, por exemplo. Outra solução é a melhora na distribuição dos métodos anticoncepcionais nos postos de saúde, para que eles se tornem acessíveis às camadas baixas da sociedade.

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