A proibição ou permissão de fumantes em locais públicos é um problema que há tempos causa polêmica. No começo deste ano, o governador de São Paulo, aprovou uma lei antifumo, que dividiu a população em dois grupos de fumantes: os ativos, que são contra essa proibição, pois acham que, se forem proibidos de fumar em um local público, perderão boa parte de sua liberdade e os passivos, que sofrem praticamente as mesmas conseqüências que um fumante quando respiram a fumaça de um cigarro.
Os fumantes entram em contradição consigo quando justificam sua desaprovação dessa lei como uma perda de liberdade, tendo em vista que, a partir do momento em que um fumante entra em um local público e acende um cigarro perto de um abstêmio, ele acaba invadindo a liberdade individual dessa pessoa também.
Uma boa solução para esse problema polêmico, que garantiria, pelo menos em parte, a liberdade individual de ambos os lados, seria a reserva, em cada local, de uma área para os fumantes e outra para os não fumantes. Essa é uma medida que já vem sendo tomada em alguns restaurantes da grande São Paulo, a fim de que os fumantes possam ter o direito de fumar, e aqueles que não fumam , de garantir que a concentração de nicotina em seu sangue não atinja altos níveis e que seus pulmões não sejam prejudicados pelo cigarro.
Entretanto, o mais correto seria o fumante se conscientizar de que sua liberdade acaba quando a de outra pessoa começa, e que a intenção dessa lei não é "marginalizar" as pessoas que fumam, e sim criar entre fumantes e abstêmios um respeito mútuo, ou seja, o fumante não deve ser encarado como "anomalia", e os fumantes passivos não devem ser prejudicados pelo cigarro.
Sigo a filosofia de Lavoisier: "Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma."
terça-feira, 5 de outubro de 2010
Proibição para fumantes: perda de liberdade ou respeito para com os abstêmios?
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