Trata-se de um assunto bastante delicado, perigoso, e nós, que estamos fora do contexto, abstemo-nos de opinar, às vezes, por preconceito, outras, por receio de desagradar.
O homossexual não sente atração pelo sexo oposto. É lícito, é justo sermos julgadores, fazer o papel de um Deus e tentar impedir que alguém seja feliz? Não. Se é o desejo ou o “karma” de dois adultos livres, que a união seja legalizada, pelo menos não será mais um escândalo. Voltará à normalidade. Se as pessoas tivessem em casa um problema desses com o filho, um neto, pensariam duas vezes antes de apelar para a discriminação. Afinal , “pimenta nos olhos dos outros é refresco”.
A verdade é que a questão das relações homossexuais é tão antiga quanto o mundo é mundo. O homossexualismo está presente em várias regiões do mundo, em todas as latitudes, civilizações e culturas. Em alguns, a prática é plenamente aceita; noutras, por questões meramente culturais, a forma de encará-lo é diametralmente oposta.
É o caso da civilização ocidental. A influência da religião judaico-cristã, que vê o sexo como uma forma de ensejar* a procriação é marcante e as nossas sociedades, em maior ou menor grau discriminam aqueles que o praticam.
Entretanto, é uma realidade, está presente entre nós e necessita ser encarada como um fator cultural das sociedades, sem discriminações, pois o sexo, manifestação peculiar a todos os animais, não pode ser considerado sob o viés da discriminação. Todo homem é dono do próprio destino e deve usar o corpo como deseja. A opção sexual é uma das manifestações da liberdade do ser humano.
*ensejar = esperar a boa ocasião ou a oportunidade de ...
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