terça-feira, 5 de outubro de 2010

Direitos Humanos - avanços e retrocessos

Com todas as mudanças por que a sociedade vem passando ao longo dos anos, tornando-se mais voltada à proteção dos direitos humanos, os idosos, na sociedade brasileira, continuam sendo uma classe desvalorizada.

De fato, desde a Revolução Francesa, a preocupação com os direitos humanos vem sendo uma constante. Diversos instrumentos foram criados como, por exemplo, a Declaração dos Direitos Humanos, para que houvesse uma conscientização de que o homem seja qual for a sua raça, idade, e demais características, deve ser respeitado pelo simples fato de ser humano. Porém, atualmente, nota-se que, uma das classes que deveria ser mais respeitada - a dos idosos - não conseguiu atingir o patamar adequado de valorização.

Alguns aspectos que corroboram essa linha de pensamento se referem a: direito a uma renda adequada na aposentadoria (o que recebem atualmente não é o suficiente para garantir uma boa qualidade de vida); direito à saúde, ceifado muitas vezes pelo custo altíssimo dos planos de saúde privados, já que os oferecidos pelo Governo são precários, dentre outros.

Por outro lado, não se pode negar que o próprio Estado tenta implementar, através de leis, melhorias para esse segmento. O Estatuto do Idoso no Brasil veio assegurar alguns direitos preciosos como vantagens financeiras em algumas áreas (empréstimos, meias-entradas, etc.), proteção contra a violência, garantias processuais, etc.

A grande questão é se fazer cumprir o que está previsto no Estatuto e disseminá – lo para determinada massa inculta da população que desconhece que vive em um Estado Democrático de Direito, regido por leis, e que é necessário não só conhecê-las como respeitá-las. Vemos, diariamente, idosos serem maltratados nos estabelecimentos bancários, desrespeito às vagas que lhes são reservadas nos estabelecimentos comerciais, assentos nos ônibus serem tomados por pessoas jovens, e muitos outros absurdos.

Assim, apesar de termos avançado de uma sociedade onde havia direitos para poucos para uma sociedade com, teoricamente, direitos para todos, aqueles que são mais fragilizados continuam não tendo a valorização devida e merecida. Os idosos são exemplos nítidos de seres humanos que merecem mais respeito.

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