terça-feira, 5 de outubro de 2010

Lei contra o cigarro ou contra o fumante?

São indiscutíveis os malefícios que o cigarro acarreta, tanto em fumantes, como em não fumantes. A nova lei antifumo vem para proibir o fumo em qualquer estabelecimento fechado e evitar que esse hábito prejudique a saúde de outras pessoas. Porém, essa nova lei poderá constranger o fumante e o dono do estabelecimento, já que será este o responsável por retirar o fumante do local, caso contrário, ficará sujeito à multa.

Muitos comerciantes já se mostram contra a medida, afinal, eles desempenhariam, de alguma forma, o poder de polícia com sua própria clientela fumante e teriam uma redução no faturamento, assim como tiveram com a "Lei Seca". Até que ponto o Estado deve interferir dessa maneira nos estabelecimentos privados? Seria essa a melhor forma de diminuir o número de fumantes e de doenças causadas pelo cigarro? Certamente que não.

Investimentos por parte do Estado, com medicamentos e acompanhamento médico e psicológico, combateriam o vício de uma maneira mais eficaz. Talvez esta seja mais uma lei que, assim como a Lei Seca, sofrerá relaxamento ou ineficiência na fiscalização e punição, o que pode significar que proibir nem sempre significa solucionar.

Querer excluir os fumantes do convívio social e da liberdade de escolha não é o caminho, levando-se em conta que a fumaça e os gases nocivos emitidos pelos milhões de veículos causam danos ainda maiores à saúde da população.

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