Democracia
e eleição é coisa séria. O voto depositado na urna é que vai definir
quem serão os nossos dirigentes para os próximos anos. Da maioria dos VOTOS VÁLIDOS é que sairão os eleitos pelo povo. É festa da democracia, onde o voto da
maioria define o rumo de todos. Neste caso, o voto nulo ou em branco não
representa uma escolha, uma opção, e sim OMISSÃO. No caso de vitória a defesa de
seus candidatos e seus programas de governo é normal. No caso de derrota,
a oposição também é normal. Ambas fazem parte da democracia. Mas o
voto branco ou nulo é somente isso, uma nulidade que não traz benefícios.
A omissão neste caso tem repercussão pelos próximos quatro anos subsequentes.
O artigo de Emanuella Xavier que segue logo abaixo traz o questionamento:
que tipo de país você deseja ter nos próximos anos?
Surpreendo-me
nas conversas informais com a quantidade de pessoas que afirmam
que anularão ou votarão em branco nas próximas eleições. Nunca consigo
permanecer calada, digo sempre: NÃO FAÇA ISSO, imagine quantas pessoas
já lutaram e morreram para que nós hoje pudéssemos exercer o nosso direito como
cidadãos de votar. E se for mulher, nem se fala. A mulher brasileira
conquistou o direito a votar em 1932. Anular ou votar em branco é um
desrespeito a todas essas pessoas que um dia se levantaram contra privilégios
que existiam na sociedade.
Completo
a argumentação dizendo ao interlocutor que alguém vencerá, então,
não podemos nos omitir. Temos que dedicar algum tempo analisando as
propostas, a vida do candidato, se ele vive trocando de partido para permanecer
sempre ao lado do poder, quem são as pessoas que estão lhe apoiando,
quais foram os projetos que ele já apresentou.
Reflito
também sobre o tempo no qual ele já está na vida pública, pois entendo que a alternância no poder é salutar para a construção da democracia,
ou seja, é preciso dar oportunidade para outras pessoas, outras ideias, um novo
começo. Há tantas
questões a serem analisadas, se quisermos dedicar algum tempo para
elas.
Façamos uma campanha CONTRA o voto nulo e em branco. Precisamos
trazer a política para dentro da nossa vida, e não apenas em época de
eleição. Tenhamos a consciência de que votamos não apenas no candidato
A, B ou C, mas sim no representante que levará as bandeiras nas quais
acreditamos seja para a Câmara Estadual, Federal, ou para ser o dirigente
do nosso Estado e do nosso País.
Essas
escolhas irão alterar a nossa esfera privada, tenhamos consciência disso! O que significa conceder seu voto para
determinado partido, ou candidato? Sabemos
exatamente o que ele deseja para as áreas de
educação, desenvolvimento econômico, reforma tributária, proteção à criança e
ao adolescente, etc?
A
política tem que se aproximar dos cidadãos. Essa falácia de que 'não gosto
de
política", ou "não discuto política", só interessa àqueles que cotidianamente desejam
que essa forma de praticar a política permaneça.
O
interesse pela política deve fazer parte do dia-a-dia da coletividade. Eu quero
saber como o meu candidato se comporta diante das questões que me interessam.
Não podemos permanecer pacíficos diante de um cenário público contaminado
por políticos que desviam dinheiro público e se beneficiam dos cargos
ocupados. A lei da ficha-limpa deve ser posta em prática, posto ser ferramenta
importantíssima para uma nova era na política. Para isso o
Judiciário,
o poder que ele representa, é indispensável para a sua sustentação,
não devendo assistir a políticos reincidentes em escândalos usarem
manobras para fugirem da sua aplicação.
O projeto
da ficha-limpa, nascido através da iniciativa popular, já é parte dessa
transformação. Porém, precisamos avançar mais, queremos uma democracia
não só representativa, mas também participativa.
Mais uma
eleição se aproxima. PENSE em que tipo de representante VOCÊ deseja
para os próximos 04 anos. NÃO ANULE o seu voto, afinal alguém terá que vencer!
Emanuella Xavier – sócia
do escritório Aluísio Xavier Advogados e Consultores.
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