terça-feira, 17 de maio de 2011

À Procura de um Amor

Você está aí sozinho.
Devora um saco de batatinha frita
enquanto espera o telefone tocar.
Bem que poderia ser hoje, um amor
novinho em folha!

Trrrimmmmmm!!! É a sua mãe, quem
mais poderia ser?
Amor nenhum faz chamadas por telepatia.
Amor não atende com hora marcada.

Ele pode chegar antes e encontrar
você numa fase galinha,
nem aí para relacionamentos.
Pode chegar tarde demais
e ver você desiludido com a vida,
desconfiado.

Por que ele nunca chega na hora certa?
Agora, por exemplo, você está de
banho tomado, empregado e com dinheiro
para ir ao cinema!

Agora que você pintou o apartamento,
organizou o seu quarto.
E justo agora está com o coração às
moscas e morrendo de frio.

O amor aparece quando se menos imagina.
Você passa a festa inteira hipnotizado
alguém que nem lhe enxerga e mal
repara no outro alguém
que só tem olhos para você.

O amor é que nem tesourinha de unhas.
Nunca está onde a gente pensa.
O amor pode estar num corredor de
supermercado,
numa fila de banco, ou numa livraria,
ao seu lado, num carro parado ali
no trânsito.

O amor está em todos os lugares.
Você é que não procura direito.
Então, a primeira lição está dada:
o amor é onipresente.

A segunda é mais imprevisível:
não espere ouvir eu te amo num
jantar a luz de velas.
Amor não gosta de clichês.

É bem possível que aquele "eu te amo"
aconteça numa terça-feira,
à tarde, depois de uma discussão.
Idealizar é sofrer. Amar é surpreender.

(Autor Desconhecido)

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